quarta-feira, 26 de março de 2014

Novas fotos do cenário da morte de Kurt Cobain não devem oferecer novas pistas, diz polícia.

OLYMPIA, Estados Unidos, 20 Mar (Reuters) - Um investigador de casos antigos encontrou vários rolos de filmes não revelados da cena da morte do cantor Kurt Cobain, do Nirvana, em 1994, mas a polícia de Seattle disse nesta quinta-feira que não espera alterações na conclusão de que ele cometeu suicídio.


O herói do rock grunge morreu em Seattle aos 27 anos de um tiro dado por ele mesmo na cabeça.

O detetive Michael Ciesynski, da polícia de Seattle, começou nos últimos meses a triagem das evidências da investigação sobre a morte de Cobain, a fim de se familiarizar com o caso antes do 20º aniversário do incidente, em abril, já que a data vai despertar a atenção para o assunto.

Durante a revisão, Ciesynski encontrou três ou quatro rolos de filme em um cofre com evidências do caso e mandou revelá-los, disse a detetive Renee Witt, porta-voz do Departamento de Polícia de Seattle.


As fotos recém-descobertas podem mostrar a cena de ângulos antes não vistos e parecem ser de melhor qualidade do que algumas já existentes, segundo Renee.

A notícia da descoberta foi divulgada pela primeira vez pela KIRO 7 News, uma emissora de TV de Seattle. A KIRO informou em seu site que a polícia iria "reinvestigar" o caso, uma informação que, de acordo com Renee, poderia dar a impressão equivocada de que o caso foi reaberto.


"Não há novos desdobramentos, nem novas reviravoltas ou mudanças de rumo no caso", ela afirmou. "Ele encontrou esse filme, e isso é muito bom. Mas ainda se trata de um suicídio."

Não ficou claro se as fotos foram tiradas pela polícia ou outro grupo, nem por que elas ficaram quase 20 anos sem ser reveladas, disse a detetive, embora, na época, os investigadores da morte possam ter considerado o material redundante e sem necessidade de ser revelado.

(Reportagem de Jonathan Kaminsky)

quinta-feira, 6 de março de 2014

Pitty defende Anitta




A roqueira baiana saiu em defesa da princesa do funk carioca em seu blog pessoal, O Boteco.

Leia abaixo o post “Seu Corpo é Seu”, de Pitty, na íntegra.

Começou assim: alguém me avisou que Anitta tinha postado um trecho de uma música minha numa rede social. Depois me mandaram um link dela cantando "Máscara" ao vivo num show. Depois outro dela cantando "Na Sua Estante". E eu achei divertidíssimo que alguém de um universo tão diferente estivesse ligada no meu som e reinterpretando-o a sua maneira. Isso já faz um tempo, e tudo o que eu sabia até então é que eu a tinha visto num clipe com uma fotografia massa. “Ah, é aquela menina do clipe bonito”, pensei. E o tempo foi passando, e as reações de algumas pessoas em comentários quando me mandavam os links começaram a me deixar intrigada-barra-preocupada. Geralmente meninas, e novas, com um discurso de “credo, essa menina cantando sua música, ela fica aí mostrando o corpo, sendo vulgar” etc, etc. Coisas desse tipo. Percebi que o que incomodava não era necessariamente o estilo, ninguém falava sobre mérito musical, cantou bem ou cantou mal, mas sim MOSTROU O CORPO. E até hoje, volta e meia alguém me escreve com esse papo. Sempre fui uma pessoa discreta, não curto expôr vida pessoal e nem sou afeita a ensaios sensuais; não por pudor, mas por sentir que a máquina patriarcal que opera esses mecanismos acaba sempre nos colocando como bibelôs à disposição- mesmo quando tenta nos convencer de que isso é exercer liberdade. Quando o fiz, procurei que fosse em um veículo no qual eu sentia que realmente esse exercício de liberdade estaria em primeiro plano. Enfim.

O que me deixou aflita e o que eu queria dizer para aquelas meninas que mandaram as mensagens é: NOSSO CORPO É NOSSO. Não deixe ninguém te dizer o contrário. Desfrute dele, assuma-o com a forma e tamanho que ele tiver, vivencie seu corpo- assumindo a responsabilidade que isso traz. Esse empoderamento é importante pra todas nós. Nós podemos usar a roupa que quisermos, podemos dizer o que quisermos, podemos ficar com quem quisermos, a hora que quisermos. Somos donas do nosso destino e estamos aqui para sermos felizes e nos sentirmos bem. O resto, meus amores, é só opressão.

Pra mim isso tudo é clichê de tão óbvio, mas achei que devia dizer.

Um abraço carinhoso pra todas, suas lindas.
E em tempo: um beijo, Anitta!